sábado, 9 de março de 2013

Birras e Desobediência. Como agir?



                      

A obediência deve ser sentida por seu filho como segurança, proteção e amor.

Cada criança tem seu ritmo e, por isso, é importante dar poucas ordens e que não sejam para ser feitas imediatamente pela criança. Ela obedecerá se estiver “ligada” a você, e vai desejar fazer o que foi pedido. Se você acha que a criança esqueceu a ordem dada, repita como sugestão: “seja boazinha, faça isto ou aquilo” .
Quanto às coisas proibidas, a lista de proibições deve ser pequena em relação às permissões. A criança precisa sentir que existe razão e não explicação no que é proibido.
Diante de uma birra ou manha, nunca diga “o homem do saco vai te levar“ ou “seu irmão não faz isto”. Isso é mentira e você a estará usando como exemplo.
Não grite mais alto que a criança, não ceda e mostre até certa indiferença. Espere que ela se acalme, e quando tiver se calado ou chorar com lágrimas de verdade, esqueça completamente o incidente.
Não ceda as manhas ou birras, mas não fale mais nisto quando a situação estiver resolvida.
Se a manha for em público, nunca diga “olha, o que todo mundo esta vendo você fazer” ou “o que as pessoas vão pensar”. Isto é humilhação e não educação. Não repreenda a criança em público, afaste-se um pouco, avise-a e deixe que ela se acalme sozinha. A criança perceberá a vergonha ou o ridículo. Quando ela vier até você, diga apenas “tudo bem, podemos ir embora”.  Em casa, fale com tranqüilidade sobre o que aconteceu, para vocês compreenderem juntas o que o provocou.
Não devemos dizer “vou contar para seu pai”. Na verdade, devemos deixar os ausentes em paz. Se você disser que vai contar a alguém sobre o incidente, fará sua autoridade diminuir perante a criança. Contar ao pai é importante, mas deve-se contar as coisas boas e ruins como um fato do dia, e não usando o pai como protetor da mãe. Se o pai quiser falar alguma coisa, que seja para criança e que seja um ato educativo.
Não podemos nos esquecer que toda proibição a uma criança é temporária, pois ela saberá fazer as coisas sem ajuda de um adulto (usar a tesoura, subir e descer bancos, escadas, usar a faca, etc). Com o tempo, a criança irá superar seus limites.                                         
                        
Maria Luiza Jorge (Malu) - Psicóloga crp 08/05136

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