A
obediência deve ser sentida por seu filho como segurança, proteção e amor.
Cada criança tem seu ritmo e, por isso, é importante
dar poucas ordens e que não sejam para ser feitas imediatamente pela criança. Ela
obedecerá se estiver “ligada” a você, e vai desejar fazer o que foi pedido. Se
você acha que a criança esqueceu a ordem dada, repita como sugestão: “seja
boazinha, faça isto ou aquilo” .
Quanto às coisas proibidas, a lista de proibições deve
ser pequena em relação às permissões. A criança precisa sentir que existe razão
e não explicação no que é proibido.
Diante de uma birra ou manha, nunca diga “o homem do
saco vai te levar“ ou “seu irmão não faz isto”. Isso é mentira e você a estará
usando como exemplo.
Não grite mais alto que a criança, não ceda e mostre
até certa indiferença. Espere que ela se acalme, e quando tiver se calado ou
chorar com lágrimas de verdade, esqueça completamente o incidente.
Não ceda as manhas ou birras, mas não fale mais nisto
quando a situação estiver resolvida.
Se a manha for em público, nunca diga “olha, o que todo
mundo esta vendo você fazer” ou “o que as pessoas vão pensar”. Isto é
humilhação e não educação. Não repreenda a criança em público, afaste-se um
pouco, avise-a e deixe que ela se acalme sozinha. A criança perceberá a
vergonha ou o ridículo. Quando ela vier até você, diga apenas “tudo bem,
podemos ir embora”. Em casa, fale com
tranqüilidade sobre o que aconteceu, para vocês compreenderem juntas o que o
provocou.
Não devemos dizer “vou contar para seu pai”. Na
verdade, devemos deixar os ausentes em paz. Se você disser que vai contar a
alguém sobre o incidente, fará sua autoridade diminuir perante a criança.
Contar ao pai é importante, mas deve-se contar as coisas boas e ruins como um
fato do dia, e não usando o pai como protetor da mãe. Se o pai quiser falar
alguma coisa, que seja para criança e que seja um ato educativo.
Não podemos nos esquecer que toda proibição a uma
criança é temporária, pois ela saberá fazer as coisas sem ajuda de um adulto
(usar a tesoura, subir e descer bancos, escadas, usar a faca, etc). Com o
tempo, a criança irá superar seus limites.
Maria Luiza Jorge (Malu) - Psicóloga crp 08/05136
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