sexta-feira, 31 de maio de 2013

Ciume e Sintoma


Podemos observar nos registros da história da humanidade que o ciúme sempre fez  parte de diferentes épocas e culturas. Se faz também presente nos dias de hoje e é bem evidente nos povos latinos.
               A palavra ciúme tem sua origem etimológica no latim - ZELUMEM que significa zelo, cuidado, querer bem.  O ciúme é caracterizado por uma variação de sentimentos, pensamentos e ações. É marcado por ameaças reais ou fantasiosas que podem comprometer a qualidade e a estabilidade dos relacionamentos afetivos que são importantes e valorizadas.
               Tem uma evidente correlação com a insegurança e se origina na história de vida de cada um. Para entender como o ciúme se desenvolve é preciso voltar às primeiras vivências  da infância e à importante etapa que envolve a relação mãe-bebê onde os primeiros sentimentos são experienciados.
               Vários são os fatores que podem contribuir para a construção do ciúme. Filhos de mães controladoras tendem a absorver este comportamento e posteriormente nas relações afetivas podem repetir também esse padrão de querer controlar o outro. Isso acontece porque para eles pode também ser  uma forma de demonstrar o seu cuidado, o seu afeto, o seu amor. Em qualquer fase do desenvolvimento infantil a criança pode sofrer com as perdas, com a sensação de abandono, de desvalorização e de desrespeito. Assim, todas as experiências vividas na infância e nas demais fases da vida ficam registradas no inconsciente e vão constituindo  a estrutura psíquica e a personalidade  Mais tarde, em algum momento poderá reviver e reproduzir as mesmas emoções armazenadas e contidas num tempo remoto de sua vida. 
                 Este sentimento ligado ao amor, que sufoca e oprime, frequentemente vem acompanhado de muita dor e angústia tanto para quem o sente como para quem é ferido por ele. Enquanto sintoma, pontua a falta de confiança em si mesmo e no outro e tem como traços peculiares a ansiedadedepressão, obsessões, raiva,  impulsividade, desconfiança,
                  Pode ser diagnosticado como doença quando a vida começa a ficar paralisada em função do outro, quando a pessoa sente que todo o seu valor e estima está concentrado no outro e a impede de viver relações plenas.        
                 O ciúme faz parte dos transtornos de personalidade e  pode ser curado com ajuda profissional: terapia e medicamento. 
               Quanto mais seguro estiver com relação ao seu poder pessoal maior será o seu poder de viver com liberdade.
                A primeira receita para a cura é buscar dentro de si aquilo que tanto necessita receber do outro: o amor.
Escrito pela Psicologa Ivana M. Campagnolli
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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Ansiedade é genética?


Sim, ela é.
Num outro post falei de Psicossomática, que são as doenças da alma.
Retomando resumidamente o assunto já abordado, emoções boas nos trazem bem estar e emoções ruins, logicamente nos trazem um mal estar. A ansiedade está entre elas.
A ansiedade sempre existiu desde os tempos primitivos o ser humano sofre deste mal.
Antigamente ficava-se ansioso pela caça, pela busca a proteção contra os perigos que os assolavam.
Embora hoje não tenhamos mais que sair a caça de comida, hoje nossas preocupações só mudaram de nome, porque o perigo está em todo lugar, e também corremos atrás da concorrência, empregos, família, bem estar, saúde, enfim a lista é enorme.
O gene da ansiedade encontra-se em nossos arquivos genéticos, portanto herdamos esse gene da ansiedade de nossos pais.
A diferença está no nível de ansiedade existente em nossas vidas. E ela dispara quando nos deparamos com situações que exigem nossa atenção.
Podemos dividir a ansiedade em dois grupos: um ansiedade que faz parte do nosso dia-a-dia, quando esperamos uma resposta importante, temos um assunto importante para resolver, automaticamente algo é acionado, e a ansiedade começa a funcionar, com palpitações no coração, sudorese, dor de cabeça, irritabilidade, stress... são conhecidos de todos nós. Podemos considerar que este tipo de ansiedade tem controle, é aceitável, pois resolvendo o problema a ansiedade passa, conseguimos manejar a situação. Estamos adaptados a nossa realidade.
O outro tipo de ansiedade é quando já não temos mais controle. Aqui a pessoa não se sente em controle, é um nível muito alto de ansiedade onde o sujeito chega a uma estafa. Já não consegue gerenciar sua própria vida.
A pessoa não se desliga das diversas funções que assume e de repente já não consegue desempenhar nenhuma função de maneira adequada, ela se perde e se frustra e seu nível de irritabilidade chega ao insuportável.
Nesta altura do campeonato a pessoa precisa de ajuda médica e provavelmente precisará fazer uso de algum medicamento, pois os sintomas vão além da mera irritabilidade e dor de cabeça, já causam insônia, fadiga, dores musculares, dificuldade para se concentrar e outros.
Agora uma pergunta que talvez seja interessante. Podemos viver sem ansiedade?
Temo que não. Imaginem um atleta indo para suas competições sem ansiedade, ele não tem mais o estado de alerta, portanto não teria pelo que lutar. No nosso dia-a-dia, quando diante de um novo projeto, uma apresentação, se não estamos ansiosos não vamos cuidar para que saia da maneira planejada, por isso quando ansiosos num nível aceitável, cuidamos do que é nosso e de nós mesmos!
Agora por curiosidade. Adivinhem quem é o ser humano mais ansioso? Sim, a mulher! Creio que isso se deve por causa dos famosos hormônios.
Agora, hoje em dia 5% da população padece de um distúrbio generalizado de ansiedade.
Portanto, busque qualidade de vida para que voce não venha a fazer parte destes 5% ou até mesmo a contribuir para o aumento deste número.
Alimente-se bem, pratique um esporte, busque tempo de lazer, faça coisas que você gosta, leia, escute uma boa música, de risada com seus amigos e família. Isso só vai te ajudar a se aliviar de dias estressantes e angustiantes.
Se quiser ler mais sobre ansiedade, visite:       


http://martabolshaw.blogspot.com.br/2008/08/gene-para-ansiedade.html

Artigo escrito pela Psicologa Lia E. Aguilera
CRP 08/04690

quinta-feira, 16 de maio de 2013

A importância da Educação Religiosa






A instrução religiosa dá o sentido do sagrado para a criança. Para a criança este sagrado é um amor sem explicações. O sagrado aparece a seus olhos, a seu coração. Por ser tão “puro”, é que devemos nos policiar mais diante da educação religiosa. Por exemplo, quando se fala para a criança “você foi desobediente e Jesus ficou triste”, estamos a fazendo crer que a culpa humana se alinha ao sentido do sagrado, o que é completamente errado. Não devemos misturar, pois a criança mistura tudo – o seu lado humano, social e afetivo juntando-se ao que é sagrado. Chocamo-nos contra as leis naturais e não contra as leis de Deus.

O que é a lei que traz Jesus para a criança? Jesus quer por em prática a lei (os 10 Mandamentos), sobretudo em relação a nós mesmos. A lei está nos corações e não nos textos. Está no espírito, na alma e não somente nas atitudes. Jesus dá sentido a lei e as leis estruturam os povos e os indivíduos.

É bom mostrar livros ilustrados para as crianças da vida de Jesus. A criança segue a história e se identifica com ela, compreendem tudo pela imagem. Dessa forma, preparamos a criança para instrução religiosa, integrando-a a vida cotidiana (exemplo: o rezar antes de dormir e antes de comer, anjo da guarda, etc).

Isto permite a criança situar-se e perceber a idéia do bem e a idéia do mal. O que é o mal e/ou o pecado? Nem sempre é um ato voluntário de nossa consciência, mas não podemos deixar de pecar. Viver é pecar. Instalar-se no pecado é morrer.  Quando Jesus diz à mulher adúltera “Eu não te condeno, vai e não peques mais”, Ele a reintegra na lei. Ele a devolve à vida.

A instrução religiosa para a criança se dá de forma positiva quando ensinamos a ela a devoção, a confiança e o respeito às suas atitudes espontâneas.

 Escrito pela Psicologa Maria Luiza Jorge

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Dar presente


Algo muito particular que exige atenção e sensibilidade.
Atenção por que devemos olhar para a pessoa a ser presenteada como alguém diferente de nós e que tem suas particularidades, suas preferências e escolhas - a isso chamo sensibilidade.
Não descarto que o momento da escolha também tenha nossa preferência.
É difícil principalmente para nós mulheres entrarmos numa loja e não nos identificarmos com nossas preferências. Claro que homens sempre passam pelo mesmo problema, mas para eles acaba sendo mais fácil, pois sempre tem uma amiga, mãe, irmã que poderá opinar e quando entram numa loja, a vendedora fica encarregada da função e vai perguntar: "como ela (e) é?"
Eu mesma já fui vitima de ganhar presentes que não tem nada a ver comigo. Aliás creio, que muitos de nós já fomos e é uma experiência desagradável. E na hora o que me vem a cabeça sempre é, mas será que essa pessoa nunca prestou atenção em mim?
Outro dia me deparei, saindo com uma amiga, e ela estava encarregada de comprar presente para duas amigas que faziam aniversário e percebi que logo ela foi às suas preferências.
Mas como boa mulher que é já me perguntou o que eu achava, e eu sem conhecer suas amigas já perguntei "como elas são?"
Ai percebi como os erros na hora de se presentear alguém podem acontecer. Ficar com suas próprias preferencias em vez de olhar para quem será presentado.
Creio que de maneira inconsciente as pessoas acabam se presenteando nessa hora, principalmente mulheres, pois é sabido o quanto gostamos de comprar. Mas uma dica da psicóloga que vos escreve, para procurar acertar, da próxima vez, saia com objetivo e de olho na pessoa a ser presenteada, observando seu comportamento e hábitos.
Boas compras!
Escrito pela Psicologa Lia E. Aguilera
CRP 08/04690

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Psicologia e Cinema



O cinema através dos tempos tem exercido um grande poder de fascínio, magia e mobilização na natureza humana.
          Em psicoterapia os filmes vem sendo amplamente  utilizados como importante ferramenta auxiliar no processo terapêutico. Eles cumprem muitas vezes a função de facilitadores na reflexão, compreensão e na busca de soluções de conflitos e questões pessoais. 
          Os filmes podem ser geradores de grandes comoções e é muito comum ao assistir a um filme, o espectador se projetar no protagonista, se sensibilizar com o enredo, fotografia, trilha sonora e logo reconhecer que tudo se aplica perfeitamente em sua história de vida.
           No processo terapêutico, o terapeuta, conhecedor da dinâmica do cliente recomenda um  filme  cuja história possa incitar novas percepções; objetivando sempre a possibilidade de mudança em alguma situação. . Posteriormente,irão juntos pontuar as cenas e configurar as analogias encontradas.
           Os filmes como sendo grandes fomentadores de emoções podem facilitar as elaborações mentais e novas conexões. Trazem à tona sentimentos que estavam encobertos, focam  nas reações que causam no inconsciente e possibilitam avanços na terapia.
           Vale ressaltar que um bom filme não substitui o tratamento psicológico, mas é muito provável que você possa encontrar pistas para o caminho de novas  aprendizagens e crescimento.
          E sempre é possível aprender algo!!!
          O que você pode aprender???
          Confira alguns títulos como sugestão:

          As Pontes de Madson; -  EUA-1995 -Crise Conjugal
          Um dia de Cão :- EUA=1975 - Pessimismo
          O Mágico de Oz:- EUA- 1939- Depressão
          O Padre:- Grã-Bretanha-1994- Valores da Sociedade e Igreja..

          IVANA MARIA CAMPAGNOLLI
                  PSICÓLOGA

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Era uma vez...


... a história da estória, dos contos de fadas...
Num reino muito distante, há muitos anos atrás dois irmãos da família Grimm que com muita sabedoria e do meu ponto de vista, de uma organização e saúde mental fantástica nos contaram estórias como Branca de Neve, João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, e outras. E como fizeram isso? Existiam pessoas que contavam estórias em seu vilarejo, e eles anotavam e claro criavam, fantasiavam em cima disso.
Estudei os irmãos Grimm, e depois fui ler a Psicanálise dos contos de fadas de Bruno Bettelheim, e para escrever para crianças você precisa entender de sentimentos, de organização psíquica, e na época deles a Psicanálise estava sendo estudada ainda por Freud. Então por minha conclusão, estes dois advogados, que largaram sua profissão e foram estudar a literatura alemã, eram pessoas de muita saúde mental. Pois criaram estórias que falavam de medo, de culpa, justiça, luta entre o bem e o mal e o mais importante com finais felizes. Coisas que fazem muito bem à criança ouvir.
Heróis! Ah os nossos heróis da infância (latência), o que seria de nós se não idealizássemos esses heróis e não buscássemos estas identificações, para que hoje adultos, saibamos como lidar com momentos tão difíceis que surgem em nossas vidas. Ter esperança e saber lutar! Ou até mesmo ter e idealizar sonhos.
Gostaria de saber mais sobre os pais dos Grimm!
Mas enfim, acabei me deparando com a importância que os contos de fadas têm e tiveram em nossas vidas.
A criança além de crescer assistindo seus pais ou aqueles que cuidam dela, ela ouve estórias. E se não ouve, precisa ouvir!
As estórias fazem sentido pra ela, por que falam a linguagem de seu mundo, mexem com a fantasia, criatividade, seus sentimentos sem entrar em sua própria história, pois você sabe, que quando uma estória infantil começa, ela diz... num reino distante, há 1000 anos, e por ai vai, portanto isso não está aqui na vida desta criança, está longe, mas que a levam a elaborar questões em seu cotidiano, pois nas estórias, existem o medo, a culpa, relação pai e mãe, irmãos, a briga entre o bem e o mal, e a importância de sempre prevalecer o bem.
Até os dias de hoje, temos alguns adultos que se encantam por exemplo com Harry Potter, vão ao cinema, leem os livros e por quê? Por que veem a luta entre o bem e o mal, e isso fala com a gente!
E já repararam que as crianças as vezes pedem pra ouvir de novo uma estória já contada? Isto é por que ela tem questões para elaborar ali. E se voce muda o rumo, ou conta de uma outra maneira, elas o corrigem, mas elas precisam ouvir de novo, por que só ouvindo, é que vão elaborar as questões envolvidas na estória e também em sua vida.
Portanto contem estórias aos seus filhos, eles precisam disso, vai ajudá-los em seu crescimento emocional e vão aprender a se envolver com a leitura.
 Escrito pela psicóloga Lia Ergas Aguilera

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cuidando da criança interior



     Voltando às memórias do tempo...
     Você consegue se recordar das suas brincadeiras preferidas? Do que gostava de comer? Dos momentos felizes da sua infância?
     Por onde andam aqueles sentimentos de espontaneidade, confiança,alegria e vivacidade?
     Todos nós possuímos dois aspectos de nossa personalidade: o lado  adulto e o lado criança.
     E o que significa esse lado criança?
     Para que possamos hoje entender as nossas dificuldades emocionais e muitos dos nossos conflitos é fundamental identificar a origem dos problemas...
     Todas as experiências que nós vivenciamos na infância, carregadas de emoções positivas ou negativas ficaram registradas e armazenadas em nossa memória e podem influenciar nos relacionamentos que vamos estabelecendo ao longo da vida. Se a criança passou por experiências positivas, vivendo em um ambiente acolhedor onde se sentiu amada e cuidada, certamente se tornará um adulto mais seguro, coerente, equilibrado e com relacionamentos saudáveis. Por outro lado, a carência de amor e cuidados, a rejeição, abandono, traumas, falta de limites - irão nortear todas as suas condutas pela vida afora e dentro de si permanecerá escondida a criança ferida.
     Assim, vamos nos tornando adultos e nossa criança ferida nos acompanhando...
     Ao entrarmos em contato com a nossa criança interior, aprendendo a amá-la e aceitá-la, ouvindo o que ela tem a dizer, quais são as suas necessidades, quais são as suas  dores,  mágoas e inseguranças; estaremos libertando muitas emoções que estão aprisionadas dentro de nós . Ao mesmo tempo estaremos acessando o potencial de cura para muitas de nossas doenças e feridas emocionais.
    As feridas para serem curadas precisam ser reconhecidas e revividas com toda a sua carga emocional, pois só poderemos curar aquilo que sentimos.
     É a nossa criança interior que terá a participação direta e sempre presente na nossa visão de mundo, nas nossas escolhas, ações e tomadas de decisões. Quando resgatamos e cuidamos de nossa criança, interior não precisaremos mais como adultos reagirmos com comportamentos infantis próprios de uma criança ferida: provocações banais, incoerências, pirraças, vitimizações,idealizações, ciúme,etc..., 
   Entre em contato com sua criança interior, dê a ela o que ela necessita e que  somente você pode dar: amor e carinho!
   Faça isso, sem esperar que os outros façam isso por você.
   Lembre-se: as carências de hoje são reflexos da falta de amor e compreensão que você não recebeu quando criança.
   Quando você emitir comportamentos disfuncionais, infantis ou inadequados, você pode se perguntar:  Quantos anos tenho neste momento?
   Refletindo sobre isso talvez você possa encontrar a explicação para muitos de seus problemas... 
   E possa também viver uma vida mais feliz, porque a criança bem cuidada permite  que você  como adulto viva com mais sabedoria e equilíbrio.
   Então, se permita brincar mais, sorrir mais, aproveitar mais a vida! 
* Como complementação do tema sugiro o filme Duas Vidas protagonizado por Bruce Wills ( original The Kid), Este delicioso filme retrata a vida de um profissional bem sucedido, rígido  e com feridas emocionais que se vê em determinado momento diante de sua criança interior aos oito anos de idade. A convivência dele com a criança interior mudará a  sua vida para sempre.

       IVANA MARIA CAMPAGNOLLI
       PSICÓLOGA - CRP 08- 02256

sábado, 13 de abril de 2013

Machucados por desobediência


Machucados por desobediência

 Quando uma criança tomar alguma iniciativa, que não seja perigosa ou de impossibilidade material, oponha-se o menos possível. Mas:

Exemplo 1: Se seu filho se machucou brincando com uma tesoura, faca ou outro objeto, nunca lhe diga “bem feito, você me desobedeceu”. A  criança só tentou desobedecer para vencer uma dificuldade e porque vê outras pessoas fazerem.

Se pais souberem lidar com este exemplo, será muito útil para ajudar a criança a suportar o seu fracasso com certos objetos e ter confiança em si mesma para uma nova tentativa

Cuide dela, não tire sarro, pois você estará aumentando o seu sentimento de inferioridade. Quando ela estiver bem, converse sobre o seu fracasso, conte suas experiências de criança com a tesoura, faca, fogo...e acrescente que a proibição é por proteção. Fale também que isto aconteceu com todos os adultos e ainda acontece. Afinal, são os pequenos acidentes da vida.

Se agirmos assim, daremos o exemplo da generosidade de coração e a criança terá confiança em si mesma. Com esta experiência ela sairá mais forte e mais confiante em você.

Exemplo 2: Diante de um outro ato, nunca diga “você é burro, não presta para nada”. Tudo o que um adulto diz tem valor aos ouvidos de uma criança. Estas falas negativas podem paralisar toda iniciativa de uma criança e ela pode se tornar um adulto medroso.

Dê ao seu filho o direito da iniciativa e ele será capaz de evitar sozinho os acidentes, pois conhecerá os seus limites e suas habilidades. Se você acha que há perigo ou que ele não tem idade suficiente alerte dizendo “Tome cuidado! Gosto de ver você corajoso, mas cuidado também é coragem”.

Não permita que a sua ansiedade ou excesso de proteção interfira na iniciativa da criança para realizar atividades sozinhas.

Psicóloga: Maria Luiza Jorge (Malu)
CRP: 08/05136




sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fonoaudiologia X Voz


Uma área importante da Fonoaudiologia é a Voz, que traduz a nossa personalidade e faz parte da vida profissional de muitas pessoas. O fonoaudiólogo atua na reabilitação vocal(patologias), principalmente na prevenção e cuidados específicos(individuais).
Você que é um profissional da voz deve preservar a qualidade e cuidar diariamente da 
 Higiene Vocal.
Se você está com rouquidão por mais de 7 dias, procure primeiramente um médico otorrino para avaliar clinicamente a causa da alteração e diagnosticar uma possível Disfonia.
Segue algumas dicas: 

Evite gritar ou falar durante muito tempo, especialmente em ambientes ruidosos.
Cuidado com mudanças bruscas de temperatura, inclusive com bebidas geladas.
O hábito de pigarrear ou tossir promove atrito entre as pregas vocais, por isso inspire várias vezes, engolindo a saliva ou tome água.
As bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas, atuam como anestésicos, melhorando temporariamente a voz e mascarando o abuso. O mesmo acontece com sprays e pastilhas.
Beber sempre bastante água natural, principalmente em ambientes com ar condicionado ou no clima muito seco.
Os sucos de frutas cítricas auxiliam na retenção de líquidos, dê preferência aos naturais.
A alergia ou rinite alérgica pode ser prejudicada diante da exposição aos fatores alérgicos, por exemplo: poeira, tinta, lã, alimentos específicos ou cheiros muito fortes.
Não fumar ou permanecer por muito tempo em ambientes de fumantes, pois este hábito irrita as estruturas do aparelho fonador, diretamente as pregas vocais.
Mastigar bem os alimentos e, antes do uso profissional da voz, consumir alimentos leves, sem condimentos ou temperos muito fortes.
Evitar achocolatados, derivados do leite e alimentos gordurosos previamente ao uso da voz, pois os mesmos aumentam a secreção do trato vocal, prejudicando a articulação e qualidade vocal.
O refluxo gastroesofágico interfere na produção vocal, devido à acidez que irrita a mucosa.
A postura corporal é importante para a projeção vocal. Procure não usar roupas apertadas na região do pescoço e da cintura, saltos altos e solas grossas de borracha, que impedem o fluxo natural das energias.
As atividades físicas de impacto associadas ao esforço vocal também são prejudiciais, sugerindo o uso de microfone.
Realize exercícios diários e de aquecimento vocal orientados pelo fonoaudiólogo nos momentos que antecedem o uso profissional da voz.

Fga. Ana Carla Sitta
CRFa /PR 6012

sexta-feira, 29 de março de 2013

A agressão como oportunidade



Parece estranho o título deste livro. O tema é Psicossomática.
O autor aborda as dificuldades que muitos de nós temos em expressar nossos sentimentos.
Quando não existe por exemplo a habilidade, sim repito - habilidade, de sermos agressivos, de expressar a raiva, ela fica internalizada e se transforma em doença.
Sentimentos como ansiedade, raiva, tristeza, tem sido alvo de estudos por serem estes os sentimentos que ficam "presos" e produzem doenças.
 As doenças  desenvolvidas são aquelas que  temos  predisposição para, quando já se tem uma predisposição genética.
Ele compara de uma maneira bem simples mas com muita sabedoria o seguinte; as guerras civis, acontecem onde se espera que aquele que está para defender o povo, vem e liquida com ele.
Nas doenças produzidas pelo nosso próprio corpo não fica diferente, temos as células que estão para fazer nossa defesa, e por alguma razão se voltam contra o próprio organismo. Provocando uma guerra interna.
Mas ai voce deve se perguntar, agressividade é saudável? Não se você pensa que vai sair por ai batendo e gritando com todo mundo. Não! Mas sim, a agressividade que por natureza temos, aquela que ajuda a nos defender.
Exemplo: o bullying seria um caso. Se engolimos as "brincadeiras sem graça", uma hora isso vai estourar internamente, nossas guerras internas.
A agressividade, poderia dizer, é aquele sentimento de coragem, aquele que nos valoriza e não nos põe na escala conhecida como "zero a esquerda".
Procure expressar seus sentimentos, converse sempre com alguém, alivie suas angústias, de nome para seus sentimentos.
E não esqueça, pratique exercícios.
Se não consegue falar, procure ajuda, mas não "engula" sentimentos, estes existem para serem sentidos, não para serem "engolidos".
Escrito pela Psicologa Lia E. Aguilera
CRP 08/04690

sexta-feira, 22 de março de 2013

Quando o corpo padece!


Você já deve ter ouvido falar que nosso corpo fala. Mas ele acima de tudo também sente e muito. Nós temos boas emoções claro, e nos trazem bem estar, mas as emoções negativas, como ansiedade, raiva, stress prejudicam nossa saúde. Tudo que não é externado, aquilo que não é dito, magoas, falta de perdão, a raiva e por aí vai a lista de sentimentos negativos que se produzem. Numa sequência produzem doenças desde que tenhamos uma propensão para, isto é um tendência genética.
Exemplo: Problema, situação não resolvida - fator estressante - traz uma resposta ao organismo, uma emoção - a informação vai ao cérebro e devolve ao corpo em forma de doença. Que doença? Tudo vai depender de: predisposição, uma situação atual e experiências vividas incialmente.
No livro Psicossomática hoje de Julio Mello Filho, transcrevo um trecho e juntamente uma lista das doenças psicossomáticas:
“A mente, por não conseguir resolver ou conviver com um determinado conflito emocional, passa a produzir mecanismos de defesa com o propósito de deslocar a dificuldade e/ou "ameaça" psíquica para o corpo. Com isso, acaba drenando, na forma de doença e seus respectivos sintomas, o afeto doloroso. Neste sentido, entre várias doenças aceitas como psicossomáticas podemos citar:”
  1. Artrite
  2. Câncer e todos os tipos de doenças autoimunes
  3. Manchas no corpo
  4. Úlcera
  5. Asma
  6. Praticamente todos os transtornos de pele
  7. Alergias variadas
  8. Rinites
  9. Impotência sexual
  10. Muitas disfunções oftálmicas
  11. Hipertensão arterial
  12. Fibromialgia
Para você que me lê, a vida é muito curta, busque qualidade de vida, ame mais, perdoe sempre, pratique um esporte, se alimente bem. Se cuide! Saúde é bom e nós merecemos e com toda certeza quem está ao nosso lado agradece. Contamine as pessoas de maneira positiva!
escrito pela Psicologa Lia E. Aguilera
CRP 08/04690

sexta-feira, 15 de março de 2013

Por que fazer terapia?


As vicissitudes do mundo contemporâneo afetam profundamente o ser humano em várias áreas da vida : emocional, familiar, conjugal profissional, afetiva. Submetido às pressões da vida moderna muitas vezes se sente incapaz de encontrar soluções para as suas dificuldades e se depara diante de verdadeiras crises.
A crise pode ser definida como um momento em que, diante de uma situação nova e inesperada não sabe como agir, pois os padrões habituais de ação se mostram ineficazes ou inadequados no momento. A forma como agia anteriormente absolutamente já não serve mais  e se sente confuso, indefeso,  desprotegido  e muitas vezes paralisado diante do desafio.
 Desta forma, a psicoterapia se faz necessária para que haja uma ruptura com os padrões de comportamento antigos e disfuncionais, geradores de angústia e infelicidade. A ruptura pode ser dolorosa  e assustadora porque pressupõe mudanças dos pensamentos irracionais, crenças e mitos. E mudar atrai e assusta ao mesmo tempo.
A psicoterapia é um processo que leva a novas aprendizagens, enfrentamentos, avanços, evolução, investigação e aventuras por novos caminhos, desenvolvendo ao máximo os recursos internos e as potencialidades do indivíduo. 
Caminhos estes que permitam gerar alternativas para a solução dos problemas, diminuir o sofrimento, estabelecer um equilíbrio emocional, ampliar a consciência de si mesmo, aprender com os seus sintomas e promover o crescimento pessoal.
Concluindo:
-" Em que momento da vida então é indicada a psicoterapia?
-" No momento em que a pessoa sentir que de alguma forma não se sente feliz com a sua vida ou está vivenciando algum tipo de sofrimento e dor, e sente que não possui recursos internos para superá-los sozinho.
 A Psicoterapia abrirá as portas para uma maior conscientização de quem édo que quer,  do que pode vir a ser;  bem como possibilitar que suas experiências  de vida possam ser no futuro mais leves e felizes.

Psicologa Ivana Maria Campagnolli
CRP 08/ 02256
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sábado, 9 de março de 2013

Birras e Desobediência. Como agir?



                      

A obediência deve ser sentida por seu filho como segurança, proteção e amor.

Cada criança tem seu ritmo e, por isso, é importante dar poucas ordens e que não sejam para ser feitas imediatamente pela criança. Ela obedecerá se estiver “ligada” a você, e vai desejar fazer o que foi pedido. Se você acha que a criança esqueceu a ordem dada, repita como sugestão: “seja boazinha, faça isto ou aquilo” .
Quanto às coisas proibidas, a lista de proibições deve ser pequena em relação às permissões. A criança precisa sentir que existe razão e não explicação no que é proibido.
Diante de uma birra ou manha, nunca diga “o homem do saco vai te levar“ ou “seu irmão não faz isto”. Isso é mentira e você a estará usando como exemplo.
Não grite mais alto que a criança, não ceda e mostre até certa indiferença. Espere que ela se acalme, e quando tiver se calado ou chorar com lágrimas de verdade, esqueça completamente o incidente.
Não ceda as manhas ou birras, mas não fale mais nisto quando a situação estiver resolvida.
Se a manha for em público, nunca diga “olha, o que todo mundo esta vendo você fazer” ou “o que as pessoas vão pensar”. Isto é humilhação e não educação. Não repreenda a criança em público, afaste-se um pouco, avise-a e deixe que ela se acalme sozinha. A criança perceberá a vergonha ou o ridículo. Quando ela vier até você, diga apenas “tudo bem, podemos ir embora”.  Em casa, fale com tranqüilidade sobre o que aconteceu, para vocês compreenderem juntas o que o provocou.
Não devemos dizer “vou contar para seu pai”. Na verdade, devemos deixar os ausentes em paz. Se você disser que vai contar a alguém sobre o incidente, fará sua autoridade diminuir perante a criança. Contar ao pai é importante, mas deve-se contar as coisas boas e ruins como um fato do dia, e não usando o pai como protetor da mãe. Se o pai quiser falar alguma coisa, que seja para criança e que seja um ato educativo.
Não podemos nos esquecer que toda proibição a uma criança é temporária, pois ela saberá fazer as coisas sem ajuda de um adulto (usar a tesoura, subir e descer bancos, escadas, usar a faca, etc). Com o tempo, a criança irá superar seus limites.                                         
                        
Maria Luiza Jorge (Malu) - Psicóloga crp 08/05136

sexta-feira, 8 de março de 2013

Ter ou não ter um bichinho de estimação – eis a questão





Talvez seja o sonho de consumo de toda criança ter um bichinho; não de pelúcia, mas  um de verdade: que brinca, morde, arranha, corre, destrói, chora, faz xixi e coco, e tantos outros trabalhos.

A casa está preparada para esta mudança? E as responsabilidades? Exigir que a criança faça e aconteça com seu bichinho não é tarefa fácil. Além disso, a criança necessita aprender como e quando. Quem ensina? O adulto. Então a grande questão é: Você adulto, deseja adquirir mais esta responsabilidade? Se a resposta for NÃO, pronto, virar a página e assunto encerrado. Choros e pedidos virão, mas passarão.

Agora, se a resposta for SIM – prepare-se! A casa receberá um novo filhote, e este exige tanto quanto uma criança. Tudo o que for feito com o bichinho a criança deve participar, desde a visita ao veterinário, pet shop, passeios, recolher o coco, brincadeiras, limites, cuidar quando estiver dodói, tudo o que diz respeito ao novo membro da família, a criança tem que ver e viver. Dessa forma ela aprende. Tem o modelo. Adquire a tão esperada e exigida responsabilidade do cuidar de alguém dependente. E se, com essa história de ter um bichinho de estimação, você adulto, quiser ensinar outra coisa – NÃO COMPRE – ADOTE! Ensine a solidariedade e a compaixão, sentimentos nobres do coração.


Dicas de programas: O encantador de cães e O encantador de gatos (ambos no Animal Planet)

Maria Luiza Jorge CRP 08/05136 ( Malu ) psicóloga, tem um gato com nome de peixe – Nemo – adotado