quinta-feira, 25 de abril de 2013

Era uma vez...


... a história da estória, dos contos de fadas...
Num reino muito distante, há muitos anos atrás dois irmãos da família Grimm que com muita sabedoria e do meu ponto de vista, de uma organização e saúde mental fantástica nos contaram estórias como Branca de Neve, João e Maria, Chapeuzinho Vermelho, e outras. E como fizeram isso? Existiam pessoas que contavam estórias em seu vilarejo, e eles anotavam e claro criavam, fantasiavam em cima disso.
Estudei os irmãos Grimm, e depois fui ler a Psicanálise dos contos de fadas de Bruno Bettelheim, e para escrever para crianças você precisa entender de sentimentos, de organização psíquica, e na época deles a Psicanálise estava sendo estudada ainda por Freud. Então por minha conclusão, estes dois advogados, que largaram sua profissão e foram estudar a literatura alemã, eram pessoas de muita saúde mental. Pois criaram estórias que falavam de medo, de culpa, justiça, luta entre o bem e o mal e o mais importante com finais felizes. Coisas que fazem muito bem à criança ouvir.
Heróis! Ah os nossos heróis da infância (latência), o que seria de nós se não idealizássemos esses heróis e não buscássemos estas identificações, para que hoje adultos, saibamos como lidar com momentos tão difíceis que surgem em nossas vidas. Ter esperança e saber lutar! Ou até mesmo ter e idealizar sonhos.
Gostaria de saber mais sobre os pais dos Grimm!
Mas enfim, acabei me deparando com a importância que os contos de fadas têm e tiveram em nossas vidas.
A criança além de crescer assistindo seus pais ou aqueles que cuidam dela, ela ouve estórias. E se não ouve, precisa ouvir!
As estórias fazem sentido pra ela, por que falam a linguagem de seu mundo, mexem com a fantasia, criatividade, seus sentimentos sem entrar em sua própria história, pois você sabe, que quando uma estória infantil começa, ela diz... num reino distante, há 1000 anos, e por ai vai, portanto isso não está aqui na vida desta criança, está longe, mas que a levam a elaborar questões em seu cotidiano, pois nas estórias, existem o medo, a culpa, relação pai e mãe, irmãos, a briga entre o bem e o mal, e a importância de sempre prevalecer o bem.
Até os dias de hoje, temos alguns adultos que se encantam por exemplo com Harry Potter, vão ao cinema, leem os livros e por quê? Por que veem a luta entre o bem e o mal, e isso fala com a gente!
E já repararam que as crianças as vezes pedem pra ouvir de novo uma estória já contada? Isto é por que ela tem questões para elaborar ali. E se voce muda o rumo, ou conta de uma outra maneira, elas o corrigem, mas elas precisam ouvir de novo, por que só ouvindo, é que vão elaborar as questões envolvidas na estória e também em sua vida.
Portanto contem estórias aos seus filhos, eles precisam disso, vai ajudá-los em seu crescimento emocional e vão aprender a se envolver com a leitura.
 Escrito pela psicóloga Lia Ergas Aguilera

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cuidando da criança interior



     Voltando às memórias do tempo...
     Você consegue se recordar das suas brincadeiras preferidas? Do que gostava de comer? Dos momentos felizes da sua infância?
     Por onde andam aqueles sentimentos de espontaneidade, confiança,alegria e vivacidade?
     Todos nós possuímos dois aspectos de nossa personalidade: o lado  adulto e o lado criança.
     E o que significa esse lado criança?
     Para que possamos hoje entender as nossas dificuldades emocionais e muitos dos nossos conflitos é fundamental identificar a origem dos problemas...
     Todas as experiências que nós vivenciamos na infância, carregadas de emoções positivas ou negativas ficaram registradas e armazenadas em nossa memória e podem influenciar nos relacionamentos que vamos estabelecendo ao longo da vida. Se a criança passou por experiências positivas, vivendo em um ambiente acolhedor onde se sentiu amada e cuidada, certamente se tornará um adulto mais seguro, coerente, equilibrado e com relacionamentos saudáveis. Por outro lado, a carência de amor e cuidados, a rejeição, abandono, traumas, falta de limites - irão nortear todas as suas condutas pela vida afora e dentro de si permanecerá escondida a criança ferida.
     Assim, vamos nos tornando adultos e nossa criança ferida nos acompanhando...
     Ao entrarmos em contato com a nossa criança interior, aprendendo a amá-la e aceitá-la, ouvindo o que ela tem a dizer, quais são as suas necessidades, quais são as suas  dores,  mágoas e inseguranças; estaremos libertando muitas emoções que estão aprisionadas dentro de nós . Ao mesmo tempo estaremos acessando o potencial de cura para muitas de nossas doenças e feridas emocionais.
    As feridas para serem curadas precisam ser reconhecidas e revividas com toda a sua carga emocional, pois só poderemos curar aquilo que sentimos.
     É a nossa criança interior que terá a participação direta e sempre presente na nossa visão de mundo, nas nossas escolhas, ações e tomadas de decisões. Quando resgatamos e cuidamos de nossa criança, interior não precisaremos mais como adultos reagirmos com comportamentos infantis próprios de uma criança ferida: provocações banais, incoerências, pirraças, vitimizações,idealizações, ciúme,etc..., 
   Entre em contato com sua criança interior, dê a ela o que ela necessita e que  somente você pode dar: amor e carinho!
   Faça isso, sem esperar que os outros façam isso por você.
   Lembre-se: as carências de hoje são reflexos da falta de amor e compreensão que você não recebeu quando criança.
   Quando você emitir comportamentos disfuncionais, infantis ou inadequados, você pode se perguntar:  Quantos anos tenho neste momento?
   Refletindo sobre isso talvez você possa encontrar a explicação para muitos de seus problemas... 
   E possa também viver uma vida mais feliz, porque a criança bem cuidada permite  que você  como adulto viva com mais sabedoria e equilíbrio.
   Então, se permita brincar mais, sorrir mais, aproveitar mais a vida! 
* Como complementação do tema sugiro o filme Duas Vidas protagonizado por Bruce Wills ( original The Kid), Este delicioso filme retrata a vida de um profissional bem sucedido, rígido  e com feridas emocionais que se vê em determinado momento diante de sua criança interior aos oito anos de idade. A convivência dele com a criança interior mudará a  sua vida para sempre.

       IVANA MARIA CAMPAGNOLLI
       PSICÓLOGA - CRP 08- 02256

sábado, 13 de abril de 2013

Machucados por desobediência


Machucados por desobediência

 Quando uma criança tomar alguma iniciativa, que não seja perigosa ou de impossibilidade material, oponha-se o menos possível. Mas:

Exemplo 1: Se seu filho se machucou brincando com uma tesoura, faca ou outro objeto, nunca lhe diga “bem feito, você me desobedeceu”. A  criança só tentou desobedecer para vencer uma dificuldade e porque vê outras pessoas fazerem.

Se pais souberem lidar com este exemplo, será muito útil para ajudar a criança a suportar o seu fracasso com certos objetos e ter confiança em si mesma para uma nova tentativa

Cuide dela, não tire sarro, pois você estará aumentando o seu sentimento de inferioridade. Quando ela estiver bem, converse sobre o seu fracasso, conte suas experiências de criança com a tesoura, faca, fogo...e acrescente que a proibição é por proteção. Fale também que isto aconteceu com todos os adultos e ainda acontece. Afinal, são os pequenos acidentes da vida.

Se agirmos assim, daremos o exemplo da generosidade de coração e a criança terá confiança em si mesma. Com esta experiência ela sairá mais forte e mais confiante em você.

Exemplo 2: Diante de um outro ato, nunca diga “você é burro, não presta para nada”. Tudo o que um adulto diz tem valor aos ouvidos de uma criança. Estas falas negativas podem paralisar toda iniciativa de uma criança e ela pode se tornar um adulto medroso.

Dê ao seu filho o direito da iniciativa e ele será capaz de evitar sozinho os acidentes, pois conhecerá os seus limites e suas habilidades. Se você acha que há perigo ou que ele não tem idade suficiente alerte dizendo “Tome cuidado! Gosto de ver você corajoso, mas cuidado também é coragem”.

Não permita que a sua ansiedade ou excesso de proteção interfira na iniciativa da criança para realizar atividades sozinhas.

Psicóloga: Maria Luiza Jorge (Malu)
CRP: 08/05136




sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fonoaudiologia X Voz


Uma área importante da Fonoaudiologia é a Voz, que traduz a nossa personalidade e faz parte da vida profissional de muitas pessoas. O fonoaudiólogo atua na reabilitação vocal(patologias), principalmente na prevenção e cuidados específicos(individuais).
Você que é um profissional da voz deve preservar a qualidade e cuidar diariamente da 
 Higiene Vocal.
Se você está com rouquidão por mais de 7 dias, procure primeiramente um médico otorrino para avaliar clinicamente a causa da alteração e diagnosticar uma possível Disfonia.
Segue algumas dicas: 

Evite gritar ou falar durante muito tempo, especialmente em ambientes ruidosos.
Cuidado com mudanças bruscas de temperatura, inclusive com bebidas geladas.
O hábito de pigarrear ou tossir promove atrito entre as pregas vocais, por isso inspire várias vezes, engolindo a saliva ou tome água.
As bebidas alcoólicas, principalmente as destiladas, atuam como anestésicos, melhorando temporariamente a voz e mascarando o abuso. O mesmo acontece com sprays e pastilhas.
Beber sempre bastante água natural, principalmente em ambientes com ar condicionado ou no clima muito seco.
Os sucos de frutas cítricas auxiliam na retenção de líquidos, dê preferência aos naturais.
A alergia ou rinite alérgica pode ser prejudicada diante da exposição aos fatores alérgicos, por exemplo: poeira, tinta, lã, alimentos específicos ou cheiros muito fortes.
Não fumar ou permanecer por muito tempo em ambientes de fumantes, pois este hábito irrita as estruturas do aparelho fonador, diretamente as pregas vocais.
Mastigar bem os alimentos e, antes do uso profissional da voz, consumir alimentos leves, sem condimentos ou temperos muito fortes.
Evitar achocolatados, derivados do leite e alimentos gordurosos previamente ao uso da voz, pois os mesmos aumentam a secreção do trato vocal, prejudicando a articulação e qualidade vocal.
O refluxo gastroesofágico interfere na produção vocal, devido à acidez que irrita a mucosa.
A postura corporal é importante para a projeção vocal. Procure não usar roupas apertadas na região do pescoço e da cintura, saltos altos e solas grossas de borracha, que impedem o fluxo natural das energias.
As atividades físicas de impacto associadas ao esforço vocal também são prejudiciais, sugerindo o uso de microfone.
Realize exercícios diários e de aquecimento vocal orientados pelo fonoaudiólogo nos momentos que antecedem o uso profissional da voz.

Fga. Ana Carla Sitta
CRFa /PR 6012