A instrução religiosa dá o sentido do sagrado para a
criança. Para a criança este sagrado é um amor sem explicações. O sagrado
aparece a seus olhos, a seu coração. Por ser tão “puro”, é que devemos nos
policiar mais diante da educação religiosa. Por exemplo, quando se fala para a
criança “você foi desobediente e Jesus ficou triste”, estamos a fazendo crer
que a culpa humana se alinha ao sentido do sagrado, o que é completamente
errado. Não devemos misturar, pois a criança mistura tudo – o seu lado humano,
social e afetivo juntando-se ao que é sagrado. Chocamo-nos contra as leis
naturais e não contra as leis de Deus.
O que é a lei que traz Jesus para a criança? Jesus quer por
em prática a lei (os 10 Mandamentos), sobretudo em relação a nós mesmos. A lei
está nos corações e não nos textos. Está no espírito, na alma e não somente nas
atitudes. Jesus dá sentido a lei e as leis estruturam os povos e os indivíduos.
É bom mostrar livros ilustrados para as crianças da vida de Jesus.
A criança segue a história e se identifica com ela, compreendem tudo pela
imagem. Dessa forma, preparamos a criança para instrução religiosa,
integrando-a a vida cotidiana (exemplo: o rezar antes de dormir e antes de
comer, anjo da guarda, etc).
Isto permite a criança situar-se e perceber a idéia do bem e
a idéia do mal. O que é o mal e/ou o pecado? Nem sempre é um ato voluntário de
nossa consciência, mas não podemos deixar de pecar. Viver é pecar. Instalar-se
no pecado é morrer. Quando Jesus diz à
mulher adúltera “Eu não te condeno, vai e não peques mais”, Ele a reintegra na
lei. Ele a devolve à vida.
A instrução religiosa para a criança se dá de forma positiva
quando ensinamos a ela a devoção, a confiança e o respeito às suas atitudes
espontâneas.
Escrito pela Psicologa Maria Luiza Jorge
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